A cidade de Santiago, na região central do Rio Grande do Sul, está prestes a se tornar um marco na industrialização e sustentabilidade do estado com a inauguração da primeira usina de etanol de trigo do Brasil. O empreendimento da CB Bioenergia, que representa um investimento de R$ 100 milhões, promete transformar a matriz econômica regional, gerando 60 empregos diretos e consolidando a cidade como referência nacional no setor de biocombustíveis.
Em entrevista ao Blog Atualidade, o diretor executivo da CB Bioenergia, Tiago Gorski Lacerda, destacou a relevância do projeto. “Essa usina é um grande incentivo à industrialização local, transformando a matriz econômica de Santiago e agregando valor à produção agrícola do estado. Ao invés de exportar matéria-prima, estaremos industrializando o que é produzido aqui, gerando empregos e desenvolvimento”, afirmou.
A usina produzirá etanol combustível, álcool neutro para bebidas e cosméticos, álcool gel, além de CO2 para a indústria de alimentos e farelo proteico para a nutrição animal. A estrutura será um modelo de sustentabilidade, operando com zero efluentes e utilizando casca de arroz como fonte de energia.
Tecnologia e inovação no processo de produção
Segundo o diretor de produção da CB Bioenergia, Wilson Júnior, o processo de fabricação é um diferencial. O ciclo completo, do grão ao combustível, ocorre em até 50 horas, a partir de matérias-primas como trigo, triticale, sorgo e milho.
O processo inicia com o armazenamento dos grãos em silos, seguido de moagem e aplicação de enzimas para converter o amido em açúcares fermentáveis. Na etapa de fermentação alcoólica, esses açúcares se transformam em etanol, que é posteriormente destilado e separado para diferentes usos.
“Estamos trazendo uma tecnologia 100% gaúcha, garantindo um combustível renovável e sustentável, além de agregar valor à produção agrícola do estado”, ressaltou Wilson Júnior.
A unidade produzirá etanol para abastecer veículos e aviões agrícolas, além de álcool neutro para indústrias cosmética e alimentícia, álcool gel e subprodutos como WDGS e DDGS, utilizados na alimentação animal, fortalecendo a pecuária local.
Sustentabilidade e impacto econômico
A operação com zero efluentes é um dos pilares do projeto, garantindo que nenhum resíduo industrial seja descartado no meio ambiente. O uso de casca de arroz como fonte de energia reforça o compromisso com práticas ambientalmente responsáveis.
A inauguração da usina está prevista para o primeiro semestre de 2025 e deve marcar o início de uma nova era para o setor agroindustrial da região. O Blog Atualidade seguirá acompanhando os avanços dessa iniciativa que une inovação, sustentabilidade e desenvolvimento econômico.
Fonte: Blog Atualidade
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