O Futuro do Rio Grande do Sul: Competitividade, Desburocratização e Educação

A eleição para governador do Rio Grande do Sul se aproxima, e o debate sobre o futuro do Estado precisa ser conduzido com seriedade e visão estratégica. Os governos de José Ivo Sartori e Eduardo Leite avançaram na modernização da gestão estadual, adotando medidas importantes para equilibrar as contas públicas e iniciar um processo de desburocratização. No entanto, esses passos, embora fundamentais, ainda não foram suficientes para transformar o Rio Grande do Sul em um estado verdadeiramente competitivo. Agora, é preciso dar um salto ainda maior e adotar um plano mais agressivo de desenvolvimento, com foco total na competitividade, na desburocratização e na educação.

O Rio Grande do Sul só conseguirá avançar se for capaz de atrair e manter empresas e investimentos. Nos últimos anos, muitas companhias migraram para estados vizinhos, como Santa Catarina, que se tornou referência em ambiente de negócios eficiente. Com uma tributação mais equilibrada, menos burocracia e incentivos à inovação, SC tem crescido acima da média nacional. Precisamos seguir esse exemplo e acelerar as mudanças, tornando nosso estado mais ágil, seguro e previsível para quem quer empreender.

Mas essa transformação exige enfrentar um problema estrutural: a baixa produtividade da máquina pública e o alto custo de manutenção do estado. Os ajustes fiscais feitos nos últimos governos foram essenciais para evitar o colapso financeiro, mas agora é hora de ir além. É preciso dar solidez definitiva às contas públicas, sem depender de receitas ocasionais, como os ingressos de recursos vindos da pandemia e das enchentes. Essas verbas ajudaram momentaneamente, mas não podem ser tratadas como solução permanente. O estado precisa reduzir gastos desnecessários, aumentar a eficiência da gestão e criar um modelo sustentável a longo prazo.

Além disso, nenhum crescimento econômico será sustentável sem investimentos estratégicos em infraestrutura e qualificação da mão de obra. Precisamos conectar nosso sistema educacional às demandas do mercado, ampliando o ensino técnico e profissionalizante para formar profissionais capacitados. Ao mesmo tempo, o estado deve modernizar sua infraestrutura logística, garantindo estradas, portos e ferrovias à altura das necessidades do setor produtivo.

Neste momento crucial, a centro-direita precisa se unir com responsabilidade para evitar o risco de um retrocesso. O Rio Grande do Sul tem uma oportunidade única de avançar e consolidar um modelo de crescimento sustentável. Permitir o retorno da esquerda ao governo estadual significaria interromper esse processo e trazer de volta políticas ultrapassadas, que já demonstraram ser ineficientes. A responsabilidade de lideranças políticas, empresários e da sociedade civil é garantir que o estado continue no caminho da modernização e da competitividade, sem abrir espaço para aventuras ideológicas que colocariam em risco o progresso conquistado.

O Rio Grande do Sul tem um imenso potencial, mas precisa romper com modelos ultrapassados e partir para um ciclo de desenvolvimento mais ousado. Já fizemos os ajustes necessários para colocar a casa em ordem. Agora, é hora de crescer. O futuro do estado depende de um governo que tenha coragem para aprofundar as reformas, fortalecer a economia e garantir um ambiente favorável a quem quer produzir e gerar empregos.

Jeronimo Goergen
Presidente do Instituto Liberdade Economica

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