Cesta básica em Santiago tem queda de 1,2% em julho e passa a custar R$ 736,37

O Curso de Administração da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) Câmpus de Santiago divulgou nesta semana os resultados mais recentes da pesquisa sobre o custo da cesta básica no município, realizada mensalmente conforme a metodologia do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

Em julho de 2025, o valor da cesta foi de R$ 736,37, registrando queda de -1,2% em relação ao mês anterior, quando havia atingido R$ 745,30. A redução representa cerca de R$ 9,00, um alívio modesto diante do orçamento apertado da maioria das famílias.

Termômetro do custo de vida

Mais que um conjunto de produtos alimentares, a cesta básica funciona como um indicador direto do custo de vida. Seu valor revela o tempo de trabalho necessário para garantir a alimentação essencial e a parcela da renda comprometida com itens básicos.

Em Santiago, um trabalhador que recebe salário mínimo precisou dedicar 115 horas das 220 mensais apenas para custear a alimentação em julho. O município ocupa agora a 5ª posição entre as cidades com cesta mais cara entre as pesquisadas, ficando atrás apenas de São Paulo, Florianópolis, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Variação de preços em julho

Dos 13 itens que compõem a cesta básica, seis tiveram aumento:

  • Farinha de trigo: +7%
     
  • Açúcar cristal: +5%
     
  • Carne (patinho): +3%
     
  • Pão francês: +3%
     
  • Feijão: +2%
     
  • Leite: +1%
     

Outros produtos registraram queda nos preços, como:

  • Batata inglesa branca: -26%
     
  • Arroz: -21%
     
  • Café moído: -10%
     

Acumulado em 11 meses

Entre setembro de 2024 e julho de 2025, o custo da cesta básica em Santiago acumula alta de 12,01%. Nesse período, os maiores aumentos foram no café (+75%) e no tomate (+63%), produtos que continuam a pesar no orçamento dos santiaguenses.

Comparativo com outras capitais

O valor médio nacional da cesta em julho foi de R$ 674,75, com redução de -4,38%. Em Porto Alegre, o custo foi de R$ 769,96 (-4,34%), mantendo a capital gaúcha entre as três mais caras, junto a São Paulo (R$ 809,77) e Florianópolis (R$ 782,73). Já Aracaju (SE) permanece com a cesta mais barata, a R$ 524,28.

Salário mínimo ideal

Com base no preço da cesta e considerando as necessidades de uma família de quatro pessoas, o DIEESE estima que o salário mínimo ideal em julho deveria ser de R$ 6.186,27 — aproximadamente quatro vezes o valor atual.

Fonte: Emanuely Guterres Soares

Crédito: Thiago Gadelha

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