A epidemia de dengue no Brasil em 2024 foi a mais grave já registrada, superando os números da Covid-19 e levando a população a adotar medidas rigorosas de prevenção. Em 2025, a situação continua preocupante, com um aumento expressivo de casos, especialmente em São Paulo, onde os registros iniciais do ano superaram os do período anterior. O retorno do sorotipo 3 do vírus, após 17 anos, aumenta o risco de reinfecções e casos mais graves, levando autoridades a reforçarem o combate ao mosquito Aedes aegypti.
Apesar dos esforços governamentais, a oferta de vacinas ainda é limitada. O Brasil adquiriu 9,5 milhões de doses da vacina japonesa Qdenga, o que beneficiará uma parcela restrita da população. Uma vacina nacional, desenvolvida pelo Instituto Butantã, aguarda aprovação da Anvisa, mas só estará amplamente disponível a partir de 2026.
Enquanto a imunização em massa não é viável, o governo investe em medidas de controle do vetor, como o uso de drones para identificar criadouros e a pulverização em áreas críticas. O projeto Wolbachia, que solta mosquitos geneticamente modificados para impedir a transmissão do vírus, vem apresentando bons resultados em cidades como Niterói e Campo Grande, e será expandido para beneficiar até 12 milhões de pessoas.
Especialistas ressaltam a necessidade de melhorias estruturais, como o abastecimento regular de água, para reduzir os criadouros do mosquito. O Ministério da Saúde estima que mais investimentos serão necessários para enfrentar o problema, destacando a urgência de uma ação coordenada entre União, estados e municípios.
Fonte: G1
Foto: Freepik
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