Corpos de vacas que morreram tentando fugir da água em curral seguem intactos 7 meses após enchentes no RS

A imagem é forte: duas vacas mortas presas às madeiras de um curral enquanto tentavam fugir da maior enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em toda a história. Os corpos dos animais permanecem no mesmo lugar desde a tragédia ocorrida em maio de 2024.

Eles se somam a dezenas de outros que morreram em uma fazenda da Vila de Mariante, distrito centenário do município de Venâncio Aires (RS), a 130 km da capital Porto Alegre, que tenta se reerguer em meio à destruição causada pelas cheias do rio Taquari.

Cerca de 80 animais morreram na fazenda, e outros restos mortais seguem intactos nos mesmos locais onde morreram, enquanto se decompõem. Outros animais são criados a metros de onde os cadáveres estão.

Agricultor e tesoureiro dos produtores rurais de Venâncio Aires, Gilmar Rodrigues de Oliveira afirma que a situação observada na fazenda se repete em diversas outras no município e que os produtores precisam de suporte do poder público.

“O produtor está sem saber o que fazer. Nessa propriedade, ele perdeu a renda, que eram os animais e hoje ele não consegue comprar outros para continuar a produção.

Questionada, a prefeitura de Venâncio Aires afirmou que ofereceu ajuda para os moradores limparem suas casas e os produtores, as fazendas. Contudo, é preciso solicitar o serviço, o que diz não ter ocorrido naquela área. O dono do local não foi encontrado para comentar a situação.

Ao g1, o governo do Rio Grande do Sul afirmou que promoveu ações na região de Venâncio Aires “desde os primeiros dias da enchente”, com repasses que somam R$ 7,9 milhões em recursos para a cidade, entre benefícios sociais às famílias, apoio a empresas locais, reformas de hospitais, unidades de saúde, de educação e infraestrutura. (FONTE: G1)

Fotos: Fábio Tito/g1

Sindicato estima que um único fazendeiro perdeu de 80 a 90 cabeças de gado nas enchentes — Foto: Fábio Tito/g1

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