A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a situação da mpox (anteriormente conhecida como monkeypox) no continente africano como uma emergência de saúde pública de importância internacional devido ao risco de disseminação global e potencial nova pandemia. O alerta foi emitido após o aumento significativo de casos, que já superam 14 mil em 2024, com 524 mortes, principalmente na República Democrática do Congo, onde a doença tem se espalhado por mais de uma década.

A mpox é causada pelo vírus monkeypox e pode ser transmitida entre humanos e de animais para humanos, especialmente em regiões onde o vírus é endêmico. A transmissão ocorre principalmente através do contato próximo, incluindo contato sexual, e pode levar a sintomas como erupções cutâneas, febre, dores musculares, e, em casos graves, complicações como infecções bacterianas e pneumonia.

A OMS destacou que, embora a maioria dos casos de mpox sejam leves e se resolvam em algumas semanas, pessoas imunossuprimidas, incluindo aquelas com HIV não tratado, crianças e recém-nascidos, estão em maior risco de desenvolver formas graves da doença. A taxa de mortalidade varia, podendo chegar a 10% em casos de variantes mais agressivas do vírus.

A vacinação contra a mpox não é amplamente disponível, e a imunização em massa não é recomendada no momento. No entanto, a OMS sugere que pessoas em risco, como aquelas que tiveram contato próximo com infectados, sejam vacinadas. A prevenção inclui evitar contato próximo com infectados, usar máscaras e lavar as mãos regularmente.

O aumento dos casos em 2024 e a identificação de uma nova variante mais letal reforçam a necessidade de vigilância e medidas de prevenção, especialmente em áreas onde o vírus tem se mostrado mais agressivo. A OMS continua monitorando a situação e aconselha medidas rigorosas de saúde pública para evitar uma nova pandemia global.