Em menos de 24 horas no comando, a nova direção do Grêmio conseguiu algo que o torcedor já não estava mais acostumado a sentir: confiança imediata. A primeira impressão é, sim, muito boa — e não por narrativa ou otimismo artificial, mas por fatos, ações concretas e uma postura que faltava há anos.
Logo de cara, o clube fechou com Luís Castro, um treinador de alto padrão, ideias modernas e respaldo internacional. A escolha não é aleatória: é o início de um projeto que, ao que tudo indica, não pretende remendar o passado, mas redesenhar o futuro.
Nos bastidores, a movimentação é intensa. Mudanças em vários setores vêm sendo feitas com velocidade e convicção. Departamentos estão sendo reorganizados, processos revistos, cargos-chave trocados — há, pela primeira vez em bastante tempo, a sensação de que existe gestão, não improviso.
A nova direção também tomou uma decisão ousada e estratégica: a venda de Alysson por R$ 75 milhões. Em outros tempos, talvez houvesse hesitação. Agora, parece haver no Grêmio uma maturidade para entender o mercado e transformar oportunidade em investimento.
E investimento será necessário, porque o plano é claro: o clube procura quatro titulares. Não apostas, não composições — titulares. Jogadores para elevar o nível, mudar patamar e permitir que Luís Castro implemente suas ideias sem limitações.
Paralelamente, o Grêmio encaminha um master de R$ 53 milhões, um patrocínio de peso, que injeta combustível num clube que precisa de oxigênio financeiro para sustentar um projeto ambicioso.
E mais: a direção quer liberar dez atletas, reduzindo folha, abrindo espaço para reforços e limpando arestas de um elenco que, há tempos, pede renovação.
Tudo isso em um único dia.
É cedo? Claro que é. Mas o futebol também é feito de sinais — e os sinais, até agora, são os melhores possíveis. O torcedor gremista pode, enfim, sentir que o clube está sendo conduzido com planejamento, coragem e convicção.
Se as primeiras 24 horas foram assim, a temporada promete ser de transformação profunda no Grêmio. E, para quem viveu anos de turbulência, isso já significa muita coisa.
Foto: Lucas Ubel/Grêmio
