Em entrevista exclusiva ao Pleno.News, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), fez declarações contundentes sobre o cenário político e institucional brasileiro. Durante a conversa realizada na sede do BDMG, em Belo Horizonte, Zema criticou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmou que o Brasil vive uma ditadura disfarçada e defendeu uma anistia ampla, geral e irrestrita aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Zema abordou as críticas que recebeu por lançar sua pré-candidatura à Presidência em um momento delicado para Jair Bolsonaro. O governador afirmou ter avisado pessoalmente o ex-presidente e que recebeu seu aval. “Foi um mal-entendido. Ele disse: vá em frente”, declarou.
O governador acusou Alexandre de Moraes de agir de forma arbitrária e desrespeitar princípios básicos da Justiça, ao ser relator, investigador e julgador de casos nos quais há claro conflito de interesses. Para Zema, o Supremo tem sido usado como ferramenta de perseguição política. “É o Judiciário legislando e criando problemas. Um governo disfuncional”, afirmou.
Ele também questionou a narrativa de golpe de Estado sobre os atos de 8 de janeiro, dizendo que foram manifestações sem armas, e que muitos condenados receberam penas desproporcionais. “Temos bandidos com penas menores do que manifestantes que sequer encostaram em alguém”, criticou.
Zema reforçou que Jair Bolsonaro é um preso político e defendeu anistia aos manifestantes. “Se terroristas de esquerda foram anistiados no passado, por que a direita não pode?”, questionou.
Ao final, foi categórico: “Estamos vivendo uma ditadura disfarçada. Hoje a direita está algemada. Mas esse modelo de governo não se sustenta. Como foi com Dilma, uma hora vai ruir.”
Fonte: Pleno.News
Foto: Andressa Anholete/Agência Senado
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