As autoridades dos Estados Unidos confiscaram um avião utilizado por Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. A aeronave, que estava na República Dominicana, foi levada para o sul da Flórida. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, a apreensão ocorreu devido a “violações das leis de controle de exportação e sanções dos EUA”. O procurador-geral Merrick B. Garland afirmou que o avião, adquirido ilegalmente por US$ 13 milhões através de uma empresa de fachada, foi contrabandeado para fora dos Estados Unidos para uso de Maduro e seus associados.

A apreensão do Dassault Falcon 900EX aconteceu após a eleição de julho, na qual Maduro foi declarado vencedor, apesar das denúncias de fraude. O governo dos EUA, que não reconhece a vitória de Maduro, alegou que o avião foi comprado e exportado ilegalmente para a Venezuela, passando pelo Caribe. Desde então, a aeronave tem sido usada quase exclusivamente para beneficiar Maduro, incluindo em viagens a outros países.

O subsecretário de Controle de Exportação, Matthew S. Axelrody, declarou que a apreensão serve como uma mensagem clara de que aeronaves adquiridas ilegalmente para autoridades venezuelanas sancionadas não poderão ser utilizadas livremente. Esta ação foi realizada com a colaboração do governo da República Dominicana, um país com o qual Maduro rompeu relações após as eleições de julho. Em 2020, Maduro e outras autoridades venezuelanas já haviam sido acusados de narcoterrorismo, corrupção e tráfico de drogas pelo Departamento de Justiça dos EUA.